Projeto Força Tarefa doa mais de 200 fósseis a Museu de Paleontologia

26 de novembro de 2021 - 15:05

Resultado do projeto Força Tarefa, mais de 200 fósseis coletados foram doados ao Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, equipamento do Geopark Araripe /URCA. A solenidade ocorreu na manhã de hoje (25/11) com a participação do Diretor Executivo do Geopark Araripe, Eduardo Guimarães, Diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens (MPPCN), Allysson Pinheiro, da Curadora do MPPCN, Edenilce Silva, do Coordenador do Memorial Mártir Benigna, Carlos Eduardo Sousa e o vice-prefeito de Santana do Cariri, João Paulo Cabral, além das sete crianças que participaram do projeto.

A iniciativa do projeto Força Tarefa, de acordo com o Coordenador do Memorial, Carlos Eduardo Sousa, visa envolver crianças do distrito de Inhumas, conscientizar os moradores locais a respeito do patrimônio fossilífero, que foi e é fonte de renda para muitos deles. Todo o material foi coletado por sete crianças envolvidas no projeto que vivem na comunidade do entorno do Memorial. “Pretendemos trabalhar a informação do que é um fóssil, a importância deles, conscientizar as crianças e seus pais e incentivar a doação ao museu”, completou.

Entre a diversidade de espécimes estão fósseis de peixes, alguns deles dastilbes-espécie recorrente, plantas do morfogênese bractilia, muito encontrada nas casas, e vertebrados, de vários processos diferentes de fossilização. Segundo a curadora do museu, as peças são do período Cretáceo, com mais de 120 milhões de anos, da Formação Crato.

De acordo com Allysson Pinheiro, os fósseis ficarão sob salvaguarda do museu. Ele enfatizou ainda a importância que cada fóssil encontrado tem. “ Independente de qual fóssil seja, ele é patrimônio. Se hoje um peixe desse pareça mais comum, pode ser que daqui a um ano, com uma técnica e questionamento diferente essa peça possa mudar a forma de se pensar sobre ela. É por isso que a gente tem que salvaguardá-los”, explicou.

Para o Diretor Executivo do Geopark Araripe, esse projeto é um grande exemplo do conceito de sustentabilidade. “ Se esta geração tem mais acesso ao patrimônio fossílifero que a anterior, essa é a ideia de sustentabilidade. E quando se observa a história do museu, vemos que se tem trabalhado exatamente isso, a garantia de que as próximas gerações poderão acessar este material que temos”, afirmou.

O projeto, segundo o Vice-Prefeito de Santana do Cariri, é o trabalho de conscientização do que o fundador do Museu, Plácido Cidade Nuvens, sempre sonhou: impedir que os fósseis fossem levados para outro local”, disse.

O evento foi encerrado com o relato de experiência da jovem Ana Carolina sobre o aprendizado com o projeto. As equipes do Geopark Araripe e do Museu de Paleontologia visitaram ainda a feirinha artesanal com geoprodutos do Geopark, em frente ao Museu. A feirinha está acontecendo durante as homenagens aos 136 anos do município de Santana do Cariri e tem o apoio do Museu. Reúne o trabalho de artesãs de Santana do Cariri em madeira, macramê, renda de bilro, crochê, peças fabricadas a partir do reaproveitamento de garrafas pets, comidas típicas entre outros