URCA apresenta experiência sobre Modelagem Ecossistêmica para governança em saúde na Atenção Primária

29 de novembro de 2019 - 13:07

A experiência sobre Modelagem Ecossistêmica para Vigilância em Saúde na Atenção Primária, será apresentada no Ministério da Saúde, em Brasília, pelo Professor do Departamento de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri (URCA), Francisco Elizaudo de Brito Júnior, na Mostra Competitiva do Evento, no período de 04 a 06 dezembro deste ano.

O projeto consiste em um processo de trabalho para implementação de salas de situação nas Unidades Básicas de Saúde – UBS.  A experiência foi submetida ao edital da Expoepi 2019 do Ministério da Saúde e aprovada entre as três melhores inovações para saúde coletiva no âmbito da epidemiologia.

Os trabalhos orais estarão concorrendo a um prêmio de R$ 50 mil para o primeiro lugar. Os segundo e terceiro lugares receberão prêmios no valor de R$30 mil e R$ 20 mil respectivamente, quantias a serem repassadas através da Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS.

O objetivo da experiência é descentralizar a gestão dos indicadores de saúde no âmbito da Estratégia de Saúde da Família – ESF e promover a ação programada em saúde com base na equidade e integralidade.

Para o trabalho foi usada a metodologia que consistiu na aplicação de geotecnologias para construção do mapa digital dinâmico de um território adscrito de ESF com seus equipamentos. Seguido da estratificação do risco familiar, segundo o modelo desenvolvido a partir das variáveis do E-SUS e construção de matrizes ecossistêmicas.

Os resultados obtidos foram estratificadas 751 famílias, distribuídas em 8,9% sem risco, 52,7% baixo risco, 32,4% médio risco, 5,9% alto risco e 0,1% altíssimo risco, produzindo um mapa georreferenciado da distribuição espacial das famílias. O banco de dados foi utilizado para produzir uma rede complexa emergente de determinantes da vulnerabilidade familiar.

Os mapas subsidiaram a implementação da sala de situação na UBS com todos os indicadores gerados, funcionando como ambiência de observação e governança em saúde, na construção de matrizes ecossistêmicas para as problemáticas identificadas e elencadas pelo grupo como prioritárias para o enfrentamento.

Com isso, o grupo de gestão participativa propôs planos intersetoriais de intervenções para as problemáticas, que vêm subsidiando ações e projetos em andamento no território.