Seminário de Direitos Humanos e Movimentos Sociais

11 de maio de 2018 - 18:26

O Seminário “Direitos Humanos e Movimentos Sociais” surgiu da necessidade em colocar em pauta e problematizar sobre a importância das lutas a favor de justiça e igualdade social. Temáticas como população negra, ativismo político, mulheres e população LGBTTIQ+ irão compor as atividades do evento, além de curtas que tratam das violações aos direitos humanos. Elegemos como questão central a discussão sobre a “criminalização dos direitos humanos” particularmente, quando nos damos conta da dificuldade de promoção e proteção aos grupos vulnerabilizados pela violência.

As inscrições para o evento já se encontram disponíveis no site de eventos da URCA http://cev.urca.br/siseventos/.

Confira a programação abaixo:

TENDAS DE VIVÊNCIAS – 9HRS

POPULAÇÃO NEGRA

DEBATEDORXS: PROJETO COCADA PRETA (UFCA) MARCHA DA MACONHA CARIRI GABRIELA LEMOS ( URCA)

LOCAL: SALA MARIELLE FRANCO – Bloco Térreo – Geografia

A tenda permitirá um diálogo sobre as ações cotidianas de tentativas de garantias dos Direitos Humanos para a População Negra. O espaço possibilita a comunicação de outras narrativas sobre o fazer Justiça Social a partir de experiências fora dos investimentos institucionais hegemonicamente branco-cis-elitista-higienistas-heteropatriarcalista. Diálogos sobre a narrativa das ‘guerras às drogas’ e suas militarizações e criminalizações das vidas das populações pobres, pretas de periferia.


ATIVISMO POLÍTICO

DEBATEDORXS: CLÉCIO JAMILSON (UFRN) MARIA RAIANE (URCA) ELAINE CARVALHO (URCA)

LOCAL: SALA GILBERTO VELHO – Bloco Térreo – Geografia

Este espaço permitirá um diálogo sobre as dificuldades das Organizações Políticas das Esquerdas no tocante ao processo constante de criminalização das suas ações e consequentemente seus diálogos com o Povo. Ataques decorrentes de cúpulas conservadoras nos espaços de deliberação, que manipulam as mídias e concomitantemente o imaginário da maior parte dxs cidadxs.


MULHERES

DEBATEDORXS: EUDIVÂNIA SILVA (UFRN) MARIA YASMIN (UECE) SABRINA MONTE (URCA)

LOCAL: SALA GRAÇA CABRAL – Bloco Térreo – Geografia

Espaço para os diálogos sobre as violências as quais estão submetidas as Mulheres numa sociedade estruturada no racismo, machismo e sexismo, com ênfase na região do Cariri. Como se tecem resistências feministas numa das regiões com maiores números de feminicídios do país? As convidadas apresentarão suas trajetórias de tentativas de construção de uma sociedade igualitária, e ainda como se dão os diálogos com outros setores em meio à criminalização das organizações em defesa das Mulheres na atual conjuntura política.


POPULAÇÃO LGBTTIQ+

DEBATEDORXS: JOÃO PEDRO (LIEV – DIREITO) BRENDA VLAZACK (CONSELHO MUNICIPAL DE DIREITOS LGBT) COLETIVO DE HOMENS TRANS DO CARIRI BYANCA KNOWLLES (DRAG QUEEN/ PERFORMER) LOCAL: PÁTIO DA PEDAGOGIA

LGBTTIQ+ do mundo inteiro, uni-vos! A tenda propiciará o contato com experiências tensionadoras das normatividades de gêneros e as tentativas de legitimação de práticas dissidentes sexuais através das institucionalidades e/ou não. Enfatizará relatos e práticas de sobrevivências num dos países mais perigosos para pessoas não-hetero-cisnormativas. Marcar a diferença, positivar a resistência e garantir a existência!


MOSTRA DE CURTAS – 14HRS

LOCAL: SALA MARIELLE FRANCO – Bloco Térreo Geografia

CURTAS:

– MORRI NA MARÉ

Este é um documentário sobre o impacto da violência sobre as crianças da favela Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, contado a partir da visão delas. Foi realizado por dois jornalistas franceses, Marie Naudascher e Patrick Vanier, ambos radicados no Rio. Este vídeo faz parte do Projeto Reportagem Pública, que foi financiado por crowdfunding. Com o suporte de 808 doadores, a Agência Pública distribuiu 12 bolsas de reportagem para investigações independentes. Leia mais: apublica.org

– VOCÊ TAMBÉM PODE DAR UM PRESUNTO LEGAL

Reflexão sobre a atuação do Esquadrão da Morte e do famigerado Delegado Fleury, chefe do DOPS em São Paulo. Filmado clandestinamente, o documentário nunca foi exibido por representar risco de vida para seu elenco e equipe. Na época, seus negativos foram transferidos para Cuba. Desde de 2006, seu realizador exibe sem muito alarde esta versão em universidades e mostras sobre direitos humanos. Com uma narrativa ainda atual, o documentário utiliza-se de diversos materiais em sua construção – recortes de jornais e revistas, imagens captadas diretamente da televisão, transcrição de depoimentos de pessoas torturadas e fragmentos das obras de teatro “A Resistível Ascensão de Arturo Ui” (Bertold Brecht/Teatro de Arena) e “O Interrogatório” (Peter Weiss/Teatro São Pedro).

MEDIADORXS:

PROJETO DE EXTENSÃO: DIÁLOGOS SOCIOLÓGICOS COM O CINEMA: UNIVERSIDADE

SOCIEDADE E ESCOLA – ORIENTAÇÃO: PROF. DRA. CAROLINE GOMES LEME (URCA)

BOLSISTAS:

RICARDO JUSTINO (URCA)

MARIA RAIANE (URCA)

ISADORA DANTAS (URCA)

ESPETÁCULO – 17HRS


– ALÔ BRASIL (TRUPE DOS PESANTES)

LOCAL: SALÃO DE ATOS

A encenação utilizasse do meta-teatro como estrutura, este por sua vez possibilita à discussão e opiniões dos atores em cena. Mas, que também, retrata e discute o tempo obscuro da ditadura militar de 1964 à 1985, passando pela história de Frei Tito de Alencar, cearense natural da cidade de Fortaleza. Teve papel de grande importância na história por ter sido um dos que lutou contra a opressão, mesmo adotando uma postura não agressiva durante a ditadura. Foi vítima de torturas físicas e psicológicas, na qual o levou à loucura e o suicídio.


MESA REDONDA – 19HRS


LOCAL: SALÃO DE ATOS

– DIREITOS HUMANO NO BRASIL: CONQUISTAS E RETROCESSOS

DEBATEDORXS:

VERÔNICA CARVALHO (GRUNEC)

AMADEU DE FREITAS (VEREADOR)

DIÁC. CRISTIANN HUYGHENS (COM. DIREITOS HUMANOS OAB)

ROBERTO SIEBRA (URCA)

Traçando um panorama das conquistas e desafios na promoção dos Direitos Humanos no Brasil, será abordado alguns avanços no que se refere aos ganhos que permitiram situar no discurso a importância dos Direitos Humanos como uma política de Estado após os anos duros de exceção. O que em contraste serão apresentadas as dificuldades na implementação destas políticas, sobretudo quando dizem respeito a valorização da vida dos grupos sociais mais vulnerabilizados pelas violências.